Polícia Civil faz operação contra ex-funcionários suspeitos de sabotar sistema de R$ 10 milhões

A Polícia Civil do RJ deflagrou neste domingo (3) a Operação Gênesis, que investiga 3 ex-funcionários de uma empresa de tecnologia acusados de sabotagem e roubo de dados. Segundo a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), os homens teriam excluído deliberadamente uma plataforma de inteligência artificial avaliada em R$ 10 milhões, pouco antes do lançamento.
A ação cumpriu mandados de busca e apreensão em 6 endereços no Méier, no Cachambi e em São João de Meriti. Foram apreendidos notebooks, celulares e dispositivos eletrônicos. Dois dos investigados foram levados à delegacia para prestar depoimento.
De acordo com as investigações, a plataforma, chamada EVA, tinha potencial para atingir mais de 20 milhões de usuários. Um dos ex-funcionários teria usado sua senha corporativa para apagar o sistema diretamente do ambiente de produção. Outro exportou senhas pouco antes de ser demitido e tentou acessar a plataforma no mesmo dia, a fim de se certificar da exclusão. O 3º suspeito, segundo a DRCI, participou do planejamento da ação.
Mensagens trocadas entre eles indicam que o grupo discutia a criação de novas empresas e uma possível migração coletiva para outra companhia — 2 deles abriram CNPJs nos últimos 30 dias. A empresa também afirma que os investigados não devolveram os notebooks corporativos, que podem conter dados confidenciais e provas das ações criminosas.
Há ainda suspeitas de que os ex-funcionários tenham usado celulares pessoais para armazenar e compartilhar informações sigilosas, o que contraria as normas internas da empresa.
A Polícia Civil apura os crimes de concorrência desleal, invasão de dispositivo informático com agravantes, apropriação indébita qualificada e associação criminosa. A investigação segue para determinar se os dados apagados foram usados em benefício próprio ou repassados à concorrência.
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