Bebê sobrevive a 22 reanimações no coração
Nascido prematuro em maio do ano passado, Enrico enfrentou uma jornada inusitada de vida e morte ao ser reanimado 22 vezes em 18 horas, após passar por uma cirurgia cardíaca. O Fantástico acompanhou a história do bebê que, após ser dado como morto, surpreendeu os pais e a equipe médica ao apresentar sinais de vida.
Três dias após o seu nascimento, ainda no hospital, um ecocardiograma revelou que Enrico sofria dupla saída do ventrículo direito. A condição do coração, que normalmente tem quatro partes — dois átrios para receber sangue e dois ventrículos para bombeá-lo —, fazia com que todo o sangue de Enrico saísse por apenas um lado, o direito, justificando o diagnóstico de “dupla saída do ventrículo direito”.
A cirurgia era indispensável. Em 4 de julho, Enrico passou pela operação com sucesso e se recuperava bem. No entanto, o cenário mudou drasticamente no domingo seguinte. Às 12h40 do segundo dia pós-operatório, Enrico teve uma convulsão no colo do pai, enquanto estava na UTI.
A mãe de Enrico descreveu a cena angustiante na UTI, com cinco a seis profissionais de saúde realizando reanimações enquanto ela sentia que o filho estava sofrendo demais. Os pais relataram que, durante 18 horas, Enrico precisou ser reanimado 22 vezes. Na última tentativa, a médica de plantão insistiu na manobra por seis minutos.
O pai relembrou o momento em que a médica declarou: “Não tem mais o que eu fazer. Infelizmente, seu filho está morto”. A mãe, então, pediu para se despedir, pegando o filho no colo após os aparelhos serem desligados.
Ela começou a cantar a música “Como é grande o meu amor por você”, de Roberto Carlos. Foi nesse instante que a mãe percebeu um pequeno movimento no nariz e na boca do bebê, como se estivesse respirando, apesar de estar arroxeado.
Enrico foi imediatamente religado aos aparelhos de respiração, e a batida do seu coração aumentou de 48 para 62 ainda no colo da mãe. Ela acredita firmemente que foi essa forte relação e amor materno que o trouxe de volta. Os médicos que atenderam Enrico não concederam entrevista, mas o hospital divulgou uma nota informando que o menino teve alta em 22 de julho, após receber toda a assistência necessária.
Um especialista que analisou o caso de Enrico explicou ao Fantástico que “diferentes problemas podem acontecer em diferentes momentos” após cirurgias, sendo difícil prever 100% deles.
A necessidade de tantas reanimações, segundo o especialista, pode ter sido provocada por um bloqueio atrioventricular, uma interrupção na condução do estímulo elétrico do coração, que diminui a frequência cardíaca e é uma ocorrência conhecida após cirurgias cardíacas.
Como seu coração ainda estava fraco, Enrico recebeu um marcapasso. A expectativa, de acordo com o médico, é que ele tenha uma “vida absolutamente normal”, com alguns cuidados e orientações específicas. Apesar de não apresentar sequelas aparentes, a equipe médica orientou um processo de reabilitação.
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Nascido prematuro em maio do ano passado, Enrico enfrentou uma jornada inusitada de vida e morte ao ser reanimado 22 vezes em 18 horas, após passar por uma cirurgia cardíaca. O Fantástico acompanhou a história do bebê que, após ser dado como morto, surpreendeu os pais e a equipe médica ao apresentar sinais de vida.
Três dias após o seu nascimento, ainda no hospital, um ecocardiograma revelou que Enrico sofria dupla saída do ventrículo direito. A condição do coração, que normalmente tem quatro partes — dois átrios para receber sangue e dois ventrículos para bombeá-lo —, fazia com que todo o sangue de Enrico saísse por apenas um lado, o direito, justificando o diagnóstico de “dupla saída do ventrículo direito”.
A cirurgia era indispensável. Em 4 de julho, Enrico passou pela operação com sucesso e se recuperava bem. No entanto, o cenário mudou drasticamente no domingo seguinte. Às 12h40 do segundo dia pós-operatório, Enrico teve uma convulsão no colo do pai, enquanto estava na UTI.
A mãe de Enrico descreveu a cena angustiante na UTI, com cinco a seis profissionais de saúde realizando reanimações enquanto ela sentia que o filho estava sofrendo demais. Os pais relataram que, durante 18 horas, Enrico precisou ser reanimado 22 vezes. Na última tentativa, a médica de plantão insistiu na manobra por seis minutos.
O pai relembrou o momento em que a médica declarou: “Não tem mais o que eu fazer. Infelizmente, seu filho está morto”. A mãe, então, pediu para se despedir, pegando o filho no colo após os aparelhos serem desligados.
Ela começou a cantar a música “Como é grande o meu amor por você”, de Roberto Carlos. Foi nesse instante que a mãe percebeu um pequeno movimento no nariz e na boca do bebê, como se estivesse respirando, apesar de estar arroxeado.
Enrico foi imediatamente religado aos aparelhos de respiração, e a batida do seu coração aumentou de 48 para 62 ainda no colo da mãe. Ela acredita firmemente que foi essa forte relação e amor materno que o trouxe de volta. Os médicos que atenderam Enrico não concederam entrevista, mas o hospital divulgou uma nota informando que o menino teve alta em 22 de julho, após receber toda a assistência necessária.
Um especialista que analisou o caso de Enrico explicou ao Fantástico que “diferentes problemas podem acontecer em diferentes momentos” após cirurgias, sendo difícil prever 100% deles.
A necessidade de tantas reanimações, segundo o especialista, pode ter sido provocada por um bloqueio atrioventricular, uma interrupção na condução do estímulo elétrico do coração, que diminui a frequência cardíaca e é uma ocorrência conhecida após cirurgias cardíacas.
Como seu coração ainda estava fraco, Enrico recebeu um marcapasso. A expectativa, de acordo com o médico, é que ele tenha uma “vida absolutamente normal”, com alguns cuidados e orientações específicas. Apesar de não apresentar sequelas aparentes, a equipe médica orientou um processo de reabilitação.
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