Prima de paraquedista que morreu ao se chocar contra outro atleta em Boituva diz que ele era experiente: ‘Foi um acidente tão bobo’


Paraquedista morreu após colidir contra outro atleta em queda livre, em Boituva (SP)
Reprodução
A família do paraquedista que morreu ao se chocar contra outro atleta, em Boituva (SP), na manhã de sábado (2), lamentou o ocorrido lembrando o quanto ele era experiente na modalidade.
Thomas Storino Britis, de 44 anos, fazia saltos de paraquedas desde 2014, atividade que era comum entre ele o filho, de 26 anos. Ao g1, a prima de Thomas, Mayra Britis, contou que ele costumava ser uma pessoa amorosa, esforçada e muito responsável, principalmente quando se tratava do esporte.
“Ele trabalhava muito, era muito amoroso com o filho, com a família. Ele era tão experiente, foi um acidente tão bobo. Ninguém nunca imaginava que isso aconteceria”, disse Mayra.
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Thomas era empresário e tinha uma empresa de telecomunicações em Pouso Alegre (MG), que oferecia planos de internet via fibra óptica. A empresa, inclusive, divulgou uma nota de pesar. Veja abaixo.
Paraquedista morre após sofrer acidente durante salto em Boituva
Reprodução/Redes Sociais
A prima de Thomas ainda contou à reportagem que foi a porta-voz da notícia do falecimento dele para os demais familiares. Ela recebeu a informação por meio do irmão de Thomas e relatou que foi muito doloroso precisar passar o fato adiante.
“Eu estava me arrumando para ir fazer as unhas quando recebi o telefonema. Fui a porta-voz do falecimento para o restante da família. Eu moro e Uberlândia e precisei vir para Pouso Alegre. Ele era tão jovem, estava na melhor fase da vida dele, fazendo algo que ele tanto ama. (…) Apesar da distância, a gente estava sempre próximo. O Thomas também foi padrinho do meu casamento. Não tinha quem não gostasse dele”, destacou Mayra.
O velório e o sepultamento de Thomas foi realizado neste domingo (3). Ele foi enterrado no cemitério Jardim do Céu.
Paraquedista morre após sofrer acidente durante salto em Boituva
O acidente
O acidente aconteceu no Centro Nacional de Paraquedismo de Boituva, localizado na Estrada Municipal Natale Modolo, no bairro Retiro. Conforme a Polícia Civil, Thomas bateu contra outro paraquedista em queda livre, mas os dois paraquedas foram abertos normalmente.
Ainda segundo a polícia, o joelho do outro paraquedista atingiu a cabeça de Thomas, que foi socorrido para o Hospital São Luis e teve a morte confirmada. O outro atleta foi transferido para São Paulo e segue com atendimento em um convênio particular. A corporação também informou que Thomas e o atleta que ficou ferido eram amigos.
Dois paraquedas e um capacete foram apreendidos. A perícia foi acionada para o local e o Instituto Médico Legal (IML) fará exames para determinar a causa da morte.
O caso foi registrado como lesão corporal e morte suspeita na Delegacia de Polícia de Boituva e o caso será investigado.
Confederação e prefeitura lamentam
A Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) lamentou o acidente e explicou que a colisão ocorreu durante a separação de um salto do tipo “Desloc”, técnica de voo livre onde o paraquedista utiliza o corpo para gerar sustentação e deslocamento horizontal, além da queda vertical.
A CBPq já designou um perito técnico para auxiliar nos procedimentos necessários e elaborar o relatório do acidente.
“Neste momento difícil, nossos pensamentos estão para a nosso atleta, seus familiares e toda a comunidade paraquedista. Reiteramos nosso compromisso com a segurança e a integridade de todos os envolvidos em nossa atividade esportiva”, completou.
A prefeitura de Boituva lamentou o caso e informou que ambos os atletas estavam com os paraquedas abertos no momento do pouso e que, após a colisão, Thomas pousou distante da área e sem comando do equipamento, sendo socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado ao Hospital São Luís, onde a morte foi confirmada.
“Todas as medidas de segurança exigidas pelas normas nacionais e internacionais para a prática do paraquedismo vêm sendo rigorosamente seguidas e análises detalhadas das condições do salto, dos equipamentos e fatores meteorológicos também estão sob investigação”, disse.
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