
O governo federal decretou situação de emergência em Roraima.
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As chuvas fortes no norte de Roraima isolaram comunidades indígenas e levaram o Governo Federal a reconhecer situação de emergência.
Para chegar à comunidade Morro, os indígenas enfrentam a correnteza. A água bate na cintura. O transporte não chega até na comunidade. Motivo: muita chuva, igarapé cheio, ponte no fundo.
A comunidade Morro fica no município do Uiramutã, a 314 quilômetros de Boa Vista.
A cheia dos rios isolou 60% da população indígena das comunidades. E destruiu pontes, como esta, por onde passava o transporte escolar.
Estas pontes e estradas são fundamentais esses indígenas aqui do Uiramutã. É por onde eles têm acesso a saúde, educação e escoam a produção agrícola das comunidades. Por isso, a falta delas representa um prejuízo muito grande.
Na comunidade Flexal, parte da produção de feijão, milho e mandioca está em risco.
“Como é que nós vamos vender nossa produção? Todo mundo precisa dessa estrada, a via, as pontes que estão caindo”, conta Abel Barbosa, líder da comunidade Flexal.
A Defesa Civil do estado afirmou que numa ação conjunta com a Prefeitura realizou uma vistoria técnica para levantamento de dados e avaliação dos danos e prejuízos. Que aguarda parecer das Secretarias Municipais de Obras e de Agricultura.
Que equipes técnicas de manutenção viária já realizavam trabalhos de recuperação da estrada principal de acesso e que segue prestando todo apoio necessário.
A prefeitura do Uiramutã não se manifestou, mas já havia declarado situação de emergência, reconhecida pelo Governo Federal.
Os moradores da comunidade Makuken aguardam ajuda. A água do rio destruiu a maior parte da roça de mandioca usada pra fazer farinha, conhecida no local como maniva.
“Está morrendo a maniva, isso deixou nós e as comunidades preocupadas porque daqui pra frente vai faltar farinha pra eles”, lamenta Claudio Souza, líder da comunidade Makuken.