Brasileira no Japão cancela trabalho após receber alerta de tsunami


Brasileira recebeu alerta sobre a possibilidade de tsunami
Simone Aparecida de Carvalho/Arquivo Pessoal
A brasileira Simone Aparecida de Carvalho, que nasceu em Mogi das Cruzes, mas mora no Japão desde 1991, teve que cancelar um serviço que faria próximo ao mar após receber alertas para procurar abrigo por risco de tsunami. Ela mora na cidade de Hamamatsu, na Província de Shizuoka, e contou que a cidade estava em alerta vermelho.
Um tsunami atingiu diversas regiões ao longo do Oceano Pacífico, incluindo o Japão, após um terremoto de magnitude 8,8 atingir a Península de Kamchatka, na Rússia, na manhã de quarta-feira (30) pelo horário local – noite de terça-feira (29) no Brasil. O fenômeno foi o mais forte desde 2011, quando tremores e tsunamis atingiram Fukushima.
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“Assim que ocorreu o terremoto com probabilidade de ocorrer um tsunami, o celular já começou a mandar o alerta para que os moradores próximos à região costeira procurassem um abrigo. Eu moro a aproximadamente uns 6 quilômetros do mar, mas tenho uma filha que mora próximo ao mar. Ela veio para minha casa, que é mais segura”, contou Simone, que afirmou não ter sentido os tremores.
A brasileira relatou ainda que o aviso era de ondas de aproximadamente 3 metros e que os parques que ficam próximos ao mar foram fechados. Simone trabalha com a coleta de materiais recicláveis e precisou cancelar o serviço próximo ao mar.
“Amanhã eu irei ver como o mar está, porque, apesar de tudo, eu sou apaixonada pelo mar. Aqui temos uma barreira alta para proteger a cidade”, ressaltou.
Simone tem 55 anos e mora no Japão desde os 21. Durante esse período, viu vários terremotos acontecerem. A pior situação foi a vivenciada em 2011, quando ela trabalhava a 500 metros do mar e a cidade ainda não contava com a barreira de proteção.
“Com a barreira eu fico um pouco mais tranquila, mas a cada 100 a 150 anos a região onde eu moro é atingida por um grande terremoto, que é o ‘Tokai Jishin’. Agora, como faz muito tempo que isso não acontece, pode ser que ele venha ainda mais forte e isso preocupa”, explicou a brasileira.
O terremoto
Diversos países ao longo do Oceano Pacífico foram atingidos por ondas do tsunami causado pelo terremoto de magnitude 8,8 na costa da Rússia. O tremor foi sentido na manhã desta quarta-feira (30), pelo horário local (noite de terça-feira no Brasil).
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O tremor foi tão grande que países como Japão, Estados Unidos, México e Chile emitiram alertas para as ondas. As medidas incluíram evacuações em massa, suspensão de atividades marítimas e recomendações de não aproximação das áreas costeiras.
A agência meteorológica do Japão rebaixou os alertas de tsunami para boa parte do arquipélago. O norte do país, no entanto, permanece no nível máximo de aviso.
O tsunami chegou à costa do Havaí com amplitude de 1,74 metro em relação ao nível normal do mar. Segundo o Escritório de Emergências de Oahu, não houve relatos de grandes danos.
A região norte da Califórnia, nos EUA, observou um tsunami com ondas de até 1,1 metro. Também não há relatos de danos até o momento.
Veja os países que emitiram alerta
Rússia (principalmente Península de Kamchatka e Ilhas Curilas)
Japão (várias prefeituras costeiras incluindo Hokkaido, Kanagawa e Wakayama)
Estados Unidos (Havaí, Alasca, costa oeste incluindo Oregon, Washington e Califórnia)
México
Guatemala (com risco avaliado como baixo)
Equador (incluindo as Ilhas Galápagos)
Peru
Chile
Países da América Central com costa no Pacífico
Mapa mostra o epicentro do terremoto na Rússia
Arte/g1
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