Mãe condenada a mais de 40 anos de prisão por matar o filho de 1 ano nega ter agredido bebê


Pedro Benjamin Gonçalves de Mello, de 1 ano e 9 meses, que morreu após ser levado ao hospital com fraturas e sinais de agressão, em Goiânia, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
A mãe que foi condenada a 40 anos de prisão por matar o filho de 1 ano nega ter agredido bebê. Segundo a defesa da acusada, ela não teve participação no crime que levou à morte de Pedro Benjamim, de 1 ano e 9 meses, em Goiânia. Condenada a mais de 40 anos por homicídio qualificado por meio cruel, a mãe alega que quem agrediu a criança foi o pai, que também responde pelo crime.
De acordo com a defesa do pai de Pedro Benjamim, o acusado nega qualquer agressão e repudia veementemente a acusação. O advogado também informou em nota que “todas as testemunhas ouvidas confirmaram que ele não participou do crime” (leia a nota na íntegra ao fim do texto).
Pedro Benjamim Gonçalves de Mello morreu após chegar ao hospital com fraturas e sinais de agressão em 14 de dezembro de 2024. O menino foi levado ao Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) pelos pais, que foram questionados pela polícia chamada pela equipe médica.
Segundo a sentença da mãe, ela alega não ter cometido o crime. Em entrevista ao g1, a defesa da mulher ainda disse que o pai da criança teria dito a ela que as marcas no bebê apareceram depois que um armário havia caído em cima dele.
“À época, ela não tinha certeza se esse episódio aconteceu mesmo, ou se foi uma desculpa dele para justificar os hematomas”, relatou o advogado.
Questionada, a defesa do pai alegou que ele nega as acusações e que testemunhas ouvidas teriam apontado a mãe como autora das agressões. O advogado disse ainda que a versão do armário dita pelo pai na delegacia foi o que a mãe lhe contou quando foi questionada por ele.
“Importante destacar que todas as testemunhas ouvidas confirmaram que ele não participou do crime, inclusive uma pessoa que presenciou o fato apontou com clareza quem foi a autora da agressão, e isso já está devidamente reconhecido nos autos pela Justiça”, diz a nota da defesa do pai de Pedro.
A defesa da mãe informou ainda que está recorrendo da decisão do juiz. Segundo o Ministério Público, a Justiça também determinou que o pai seja julgado pelo júri, mas a defesa apresentou recurso que ainda aguarda julgamento pelo Tribunal de Justiça de Goiás.
De acordo com a defesa do pai, o recurso foi pedido porque “não restou provado a participação do acusado e acreditando no sensu de justiça com base nas provas que foram produzidas, acredita que ele não deve ser submetido a julgamento popular”.
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