
Jorge Avalo, de 60 anos, foi atacado em abril às margens do rio Miranda, em Aquidauana (MS). Exames comprovaram que material genético humano estava nas fezes da onça capturada três dias após o ataque. Jorge Avalo e a onça macho capturada, no Pantanal de MS
Reprodução
A Polícia Científica de Mato Grosso do Sul confirmou, nesta sexta-feira (4), que o DNA encontrado nas fezes da onça capturada em abril, no Pantanal, era humano e pertencia ao caseiro Jorge Avalo, de 60 anos, morto em um ataque.
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O laudo foi encaminhado à Delegacia Regional de Aquidauana (MS), responsável pelo caso. O resultado confirma a suspeita de que a onça capturada foi a mesma que atacou Jorge, no dia 21 de abril, às margens do rio Miranda.
O resultado está sendo encaminhado para a autoridade policial responsável pelo caso. O resultado confirma a suspeita de que a onça capturada foi a mesma que atacou Jorge, no Pantanal de Aquidauana (MS).
Em maio, o delegado regional de Aquidauana, Amylcar Eduardo Paracatu, informou que ossos e cabelos foram achados nas fezes da onça, mas ainda não havia confirmação se eram humanos.
Um laudo necroscópico, emitido em 9 de maio pelo Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana, concluiu que o caseiro morreu devido a uma mordida de onça-pintada na cabeça.
O documento indicou que a causa da morte foi um choque neurogênico agudo, causado por forte trauma na cabeça, provocado por ataque de onça-pintada. O laudo também indicava que o corpo foi arrastado, com vestígios de sangue e tecido no pesqueiro, e que Jorge ainda estava vivo no momento do ataque, apresentando lesões vitais.
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O ataque
A Polícia Militar Ambiental (PMA) confirmou a morte de Jorge em 21 de abril, após encontrar pegadas da onça e partes do corpo em uma fazenda de Aquidauana.
No dia seguinte, outras partes do corpo foram achadas em uma toca da onça, em mata fechada a cerca de 300 metros do local do ataque.
Jorge trabalhava no local havia 16 anos e já estava acostumado à presença de onças na região.
A onça
A onça foi capturada em 24 de abril e levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres de Campo Grande (MS).
Após três semanas sob cuidados, ganhou 13 quilos e foi transferida ao Instituto Ampara Animal, em São Paulo, onde recebeu o nome Irapuã, que significa “agilidade e força” em tupi-guarani.
Onça foi transferida do Cras de Campo Grande para instituto em São Paulo
Governo de MS
g1 em 1 Minuto Mato Grosso do Sul: homem que foi atacado por onça é sepultado
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