Justiça inicia audiência sobre caso de jovem que foi morta e enterrada sob concreto em BH


Sessão ocorre nesta quarta (3) e deve ouvir testemunhas de acusação e defesa. Réus confessaram o crime e seguem presos. Thiago Schafer Sampaio (esq) e Lucas Rodrigues Pimentel (dir), suspeitos da morte de Clara Maria, em Belo Horizonte.
Polícia Civil de Minas Gerais
Está em ocorrendo na tarde desta quarta-feira (3), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, a primeira audiência de instrução do processo que apura os crimes de homicídio, vilipêndio e ocultação de cadáver cometidos contra Clara Maria Venâncio Rodrigues, de 21 anos.
Thiago Schafer Sampaio e Lucas Rodrigues Pimentel são acusados de terem matado e coberto o corpo da vítima com uma camada de concreto, em um corredor estreito de uma casa no bairro Ouro Preto, na Região da Pampulha, na capital mineira, em março deste ano. (relembre abaixo)
A sessão ocorre de forma híbrida e é conduzida pela juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do 1º Tribunal do Júri Sumariante da capital mineira.
Estão previstas oitivas de testemunhas de acusação e defesa.
Os réus, Lucas Rodrigues Pimentel, de 29 anos, e Thiago Schafer Sampaio, de 27, podem ser interrogados ainda hoje, caso haja tempo.
Esta será a primeira vez em que os dois se manifestarão oficialmente na Justiça sobre o caso. Parte das testemunhas e os acusados participam da audiência por videoconferência. Eles estão presos desde março no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves.
CASO CLARA MARIA: Skatista, trabalhadora e amante de gatos: quem era a jovem que teve corpo enterrado sob concreto após cobrar dívida
Suspeitos de matar Clara Maria vão permanecer presos por tempo indeterminado
Entenda o caso
O crime ocorreu na noite de 9 de março de 2025, no bairro Ouro Preto, Região da Pampulha, em Belo Horizonte. O corpo de Clara foi encontrado três dias depois, enterrado e coberto por uma camada de concreto em um corredor da casa de Thiago Sampaio.
Segundo a investigação, Clara foi morta por asfixia mecânica, com um golpe de mata-leão desferido por Thiago, que confessou o crime. Lucas Pimentel também admitiu participação e teria ajudado a ocultar o corpo.
A jovem foi chamada até o local por Thiago, sob o pretexto de receber R$ 400 que ele lhe devia. O valor havia sido emprestado quando os dois trabalhavam juntos em uma padaria.
De acordo com a Polícia Civil, o corpo da vítima permaneceu exposto, nu, na sala da residência, até a tarde do dia seguinte ao crime.
A Justiça considerou que há indícios de autoria e materialidade, além de risco à ordem pública, e manteve a prisão preventiva dos acusados. A denúncia foi recebida em abril, quando o processo passou à fase de ação penal.
Possível motivação
Segundo a investigação, Thiago teria agido por ciúmes ao ver Clara acompanhada do namorado em um bar dias antes do crime. Já Lucas Pimentel teria se desentendido com a vítima após ser repreendido por ela em uma roda de amigos, ao fazer apologia ao nazismo.
Outro homem, Kennedy Marcelo da Conceição Filho, chegou a ser detido durante a investigação, mas foi liberado após prestar depoimento e não foi denunciado.
A audiência de instrução é a etapa em que são produzidas provas orais do processo. Ao final dessa fase, a Justiça decidirá se os réus irão a júri popular.
Vídeos mais assistidos do g1 MG
Adicionar aos favoritos o Link permanente.