Bicho de pé: o que é, como evitar e como tratar


Tratamentos caseiros podem ser mais perigosos que a infecção do bicho de pé e devem ser evitados, alerta médico. Bicho de pé: o que é, cuidados para evitar e como tratar
Com a chegada das férias, é comum que crianças passem mais tempo brincando descalças, seja no quintal, na praia ou em parquinhos. No entanto, esse hábito pode abrir as portas para um velho conhecido de quem já cresceu correndo em terrenos arenosos: o bicho de pé.
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Apesar de pequeno, esse parasita causa desconforto e pode levar a complicações se não for tratado corretamente.
O que é o bicho de pé?
Fêmea do ‘bicho de pé’ entra na pele para completar ciclo
Brigham Young University
O bicho de pé é uma parasitose causada por uma pulga, conhecida cientificamente como Tunga penetrans. Esse parasita penetra na pele humana, provocando uma lesão característica: uma pequena elevação dolorosa na pele com um ponto enegrecido no centro. Segundo o dermatologista Guilherme Holanda, esses sintomas são os principais indicativos da presença do bicho de pé.
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A infecção costuma ocorrer principalmente em locais com solo arenoso, como praias, jardins e quintais, especialmente quando a pessoa está descalça. Por isso, embora a recomendação de evitar andar sem calçado seja mais comum entre crianças, o alerta vale para pessoas de todas as idades.
Como evitar o bicho de pé?
Bicho do pé deixa ‘rastro’ nos pés da pessoa
Arquivo pessoal
A principal forma de prevenção é simples: evitar andar descalço em áreas de risco. Locais com areia ou terra solta são os principais focos de contaminação. Mesmo com o calor e a tentação de tirar os calçados para brincar ou relaxar, manter os pés protegidos é essencial para impedir o contato direto da pele com o solo contaminado.
Essa orientação, embora muitas vezes ignorada por crianças em meio às brincadeiras, deve ser reforçada pelos pais e responsáveis, especialmente durante as férias, quando o tempo livre e as viagens aumentam a exposição a esses ambientes.
Como tratar o bicho de pé?
O tratamento do bicho de pé deve ser feito por um profissional de saúde. Segundo o dermatologista Guilherme Holanda, não existe um método caseiro seguro para remover o parasita. A extração deve ser feita com material estéreo, em ambiente adequado, para evitar infecções secundárias.
“O risco ocorre justamente pelo tratamento inadequado, a condução inadequada do bicho de pé, que pode evoluir para uma infecção secundária e aí causar um quadro grave. Ou seja, quando se procura um profissional da saúde para fazer essa remoção”, alerta o especialista.
A prática comum entre pessoas mais velhas de tentar remover o parasita em casa, com objetos pontiagudos ou receitas caseiras, pode causar mais prejuízos do que benefícios. A recomendação médica é clara: ao identificar sinais do bicho de pé, procure atendimento profissional para garantir um tratamento seguro e eficaz.
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