Operação Final Fight prende suspeitos de promover ‘rinhas’ de adolescentes com apostas e transmissão nas redes sociais


Investigações iniciaram após a Delegacia de Defesa da Infância e da Juventude (DDIJ) identificar páginas nas redes sociais criadas para divulgar as lutas e atrair as vítimas para festas ilegais. Lutas clandestinas ocorriam em praças e envolvia meninos e meninas
Arquivo pessoal
Dois homens, de 20 e 31 anos, foram presos por promover “rinhas” entre adolescentes, em Boa Vista. As lutas clandestinas eram exibidas nas redes sociais e valiam aposta em dinheiro. Os investigados foram alvos da Operação Final Fight, deflagrada nesta quarta-feira (25) pela Polícia Civil.
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As investigações iniciaram após a Delegacia de Defesa da Infância e da Juventude (DDIJ) identificar páginas nas redes sociais criadas para divulgar as lutas e atrair as vítimas para festas ilegais. As brigas aconteciam em praças públicas de Boa Vista.
Nas redes sociais, os vídeos acumulavam mais de 135 mil visualizações e “alto volume de comentários e compartilhamentos”. Os adolescentes usavam luvas de boxe durante as brigas.
“Apesar de o tempo de investigação ter sido relativamente curto, o uso intensivo das redes sociais pelos criminosos nos permitiu reunir provas concretas e representar pelos mandados judiciais. Eles atuavam de forma estruturada, utilizando perfis falsos para enganar e atrair adolescentes”, explicou o delegado Marcos Lázaro.
Durante as buscas, uma menina de 13 anos foi encontrada na casa de um dos investigados. A polícia identificou que ele mantinha um relacionamento com a adolescente, o que se classifica como violência sexual. Ele foi preso em flagrante por estupro e adolescente foi entregue à mãe.
Polícia identificou páginas nas redes sociais criadas para divulgar as lutas clandestinas
Arquivo pessoal
Eles são suspeitos dos crimes de corrupção de menores, tortura, exploração sexual, fornecimento de bebidas alcoólicas e drogas aos adolescentes.
A Polícia Civil também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos suspeitos, localizada no bairro Pérola. As ordens judiciais foram executadas por agentes da Seção de Investigação e Operações (Siop) da DDIJ, com apoio do Grupo Tático Municipal (GTAM) da Guarda Civil Municipal.
Durante as buscas, celulares e dispositivos de armazenamento foram apreendidos. O material deve passar por perícia e revelar novas evidências, suspeitos e crimes conexos. A investigação pode ter desdobramento com novas prisões
A operação recebeu o nome Final Fight em alusão ao clássico jogo eletrônico dos anos 1990, sobre brigas de rua, remetendo simbolicamente à intenção de pôr a prática que vinha ganhando espaço na capital.
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